Aquela
vontade extensa que me agarra às imagens que quero recordar. Não é fácil exprimir
o que aquela ausência me recorda, nunca está onde desejo, sempre um pouco mais
longe, talvez noutro local onde a minha memória não alcança. Ser livre, não
libertário, é a experiência duma vida. Quando livre, não sinto ausência, perto
ou longe, estou sempre presente naquele sentimento que não se adquire em
qualquer loja de conveniência. É difícil dizer o que a poderosa ausência me
oprime, ou me prende, daí a urgência, aquela sensação do coração batendo na
boca, palpitando até mais não aguentar. Só sou livre quando perco a vontade de
julgar, quando as minhas energias se concentram no único lugar importante, naquele
lugar onde não me considero superior aos demais, onde deixo para trás as críticas a
mim próprio, em que acredito que para fechar o puzzle da vida, contam apenas as
vontades de deixar de as ter!
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