Não sou a
minha inspiração, apenas o privilégio dela usufruir, antes de me tornar mais um
para a aplaudir. Ela vem após momento de hibernação, como se tivesse sido
anunciada, tal como as amêndoas anunciam a chegada da primavera. A inspiração
tal como a obra dela acontecida, tem um preço, continuar livre e aberto para
deixar que mais dela me possa invadir. Vale a pena saber o valor dessa
inspiração, até porque não devo nunca cair na tentação, de que como autor, achar
que nada mais tenho a cumprir, talvez porque o desafio será sempre de me
superar, embora sempre com a dúvida insistindo em me bater á porta. Devo apenas
lembrar-me, que sou apenas mais um humano, sujeito aos erros e ás falhas, mas com
uma vontade enorme de aprender e me superar, embora saiba, que o curso da minha
vida, nada tem com o teor do que escrevo. Deparo de que ao escrever, encontro
uma esperança, ou talvez uma maneira de preencher um vazio, ou ainda uma porta
que se abre, por trás dela um segredo, só descoberto com a inspiração, que a
chegada da primavera antes anunciou!
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