terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

O Inicio!

No principio era mesmo o caminho das pedras,apenas eu lá estava, despejado de qualquer apoio ou consolo, não havia nem tempo para chorar, apenas para caminhar, exigia-se que o fizesse rápido, o frio glaciar não dava tréguas, era correr ou congelar, descansar não era tema, urgia que caminhasse,

As várias camadas!


Entendo que o dilema de quem escreve, de quem exige a si próprio buscar, às vezes talvez duma forma obsessiva, a exigência da criatividade mais apurada, é atingir ou receber, respostas que possam trazer a tranquilidade de que o caminho percorrido, ou a percorrer, vá no sentido correcto. Tudo isto para que faça um balanço do meu livro editado, em simultâneo, qual a nova direcção a percorrer, que caminhos pretendo agora desbravar. Entendo que, tal como a nossa pele, constituída por imensas camadas, também a inspiração que procuro se define dessa forma. Talvez possa definir “E tudo assim começou” exactamente como um começo, um início, a primeira camada que brotou do baú da minha criatividade, aquela primeira camada que á superfície, definiu o início duma caminhada, numa estrada, que, não imagino nem em que forma, ou em que distancia se concluirá. Não tenho dúvidas de que á medida que as novas camadas vão ganhando forma, acabe por conhecer o conteúdo de que sou feito, como se de um caminho interior se tratasse, a forma mais verdadeira de através da caminhada, acabar por gozar da viagem proporcionada. Sei que agora, de comboio, devidamente refastelado na poltrona, viajo e usufruo da beleza magnifica da paisagem, no principio da caminhada, não era esse o cenário, era mesmo o caminho das pedras, duro, não havia espaço para o comboio, apenas eu lá estava, despejado de qualquer apoio ou consolo, não havia nem tempo para chorar, apenas para caminhar, exigia-se que o fizesse quão rápido as pernas o permitissem, o frio glaciar não dava tréguas, era correr ou congelar, descansar não era tema, urgia que caminhasse, até porque os ventos ciclónicos, em sentido contrário, me impediam de correr quanto a vontade pretendia.
A camada que agora brota, aparece após o caminho das pedras percorrido, permite novas abordagens, talvez entrar por caminhos menos percorridos, quiçá polémicos, sensíveis, mas ela é, em si mesmo, genuína, sem filtros, como se de uma aragem fresca, límpida, transparente, se tratasse, é esta a nova estrada, o trilho está definido, resta-me continuar,estou ansioso por ter a oportunidade de o percorrer!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O bom senso!


Bom senso é algo que se tem ou se perdeu, algo como aquela fatiota que uso nos momentos especiais, o bom senso não se desperdiça, usa-se, principalmente quando obrigatório. Com o bom senso, privo-me de cometer aqueles deslizes, que facilmente assumo como inevitáveis, quando me observo passando incólume por todas as pequenas maldades que ouso cometer a mim próprio.
Na senda exaustiva, de me preservar á dor de não o usar com critério, vejo-me muitas vezes a cometer o pecado mais original, aquele que acontece quando me minto, tentando assegurar-me que tudo afinal está bem, que apenas cometi, uma vez mais, o que se foi tornando habitual.
O bom senso diferencia-me nos momentos chaves, aqueles em que sou colocado perante uma decisão que me pode situar entre o abismo ou a alegria, entre o desespero ou a esperança, afinal de contas, sou um homem que ambiciona o melhor, algo que o bom senso sempre me ajudou a acontecer!