Então que ano novo venha, que as minhas
expectativas surjam renovadas, este ano que agora finda, a ele lhe chamo
velhinho, porque antigo e passado, ano que passa, que muitas marcas deixa,
muitas lições aprendidas, hoje pensava para comigo, numa memória passada,
passou-se há tanto tempo, para aí há quatro anos, não, por acaso não é verdade,
de facto, passou-se há quatro meses, tão intenso o ano velhinho, de facto, tão
vivido este ano que agora finda, neste ano que marca, o ano em que tantas vezes
morri, em tantas me recriei,em que tantas me renasci, ano em que muitas vezes me distraí, apenas deixei de aproveitar os momentos que me eram oferecidos,tanta coisa
á qual me deixei vencer dentro de mim, promessas, que acredito não querer
repetir, no ano que se avizinha, elaboro tantas promessas, acredito que as vou
cumprir, pelo menos na minha cabeça, é sempre mais fácil, cumprir as promessas
na minha cabeça. Que o ano que agora começa, me traga mais discernimento, que
de facto renove as minhas expectativas, que alivie a minha mente, para que ela
não mais sobrecarregue os meus ombros, que o ano que agora começa, seja sinónimo
de alegria, que o encontro sempre procurado, seja finalmente encontrado, que,
no ano que agora começa, encontre em mim, formas de saber escolher, o melhor
para o meu caminho, que não me deixe cair na tentação, de sempre escolher, o
mais fácil, o mais rápido, que encontre razão, nas minhas decisões, que saiba
optar, por melhor decidir, que saiba dizer não, ao que parece tão politicamente
correcto, que saiba escolher, que saiba optar, mesmo quando todo o mundo, me
empurra para estar quieto, que saiba ser digno de mim próprio, que este ano que
agora começa, me ensine a escolher a alegria ao invés da resignação, o amor ao invés
da inveja, a paz ao invés do orgulho
!quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
O meu Natal!
O Natal marca uma data, um período, todos os anos
o celebramos, algo que entrou naturalmente nos nossos hábitos, como se o ano
não existisse, não fosse o mesmo, se não o celebrássemos. No Natal é suposto
sermos solidários, essa é a condição subjacente a esse período. É talvez a
altura do ano, em que mais nos damos aos outros, a quadra que se celebra,
empurra-nos para isso. Recordo os Natais em que era mais novo, vivia-os
intensamente, sentia a magia no ar. Como Pai, voltei a senti-lo através dos
meus filhos. Era suposto o Natal sempre existir, dito de outra forma, era
suposto a mesma solidariedade existir sempre, não só no período do Natal.
Habituamo-nos ás datas, a seguir ao Natal vem o Carnaval, nesse período é
suposto sermos alegres, oficialmente só nesse período, antes ou depois, já
depende de muitos factores, de seguida a Pascoa, nesse período está previsto
sermos comedidos, no Natal o nascimento, a alegria, na Pascoa a morte, a
ressurreição, diz a data para aí sermos respeitadores. Daí até ás férias de
verão é um pulo, até essa data chegar, programamos o período onde finalmente
vamos descansar, nos vamos divertir, nessa altura, é suposto fazermos tudo o que
não conseguimos ao longo do ano, é hora para o divertimento, é suposto aí
divertirmo-nos, o período das férias a isso permite. Concluímos o ano com a
passagem para o ano seguinte, onde é suposto saltarmos, divertirmo-nos, estar
junto de quem mais gostamos, fazermos o balanço do ano que está a findar, fazermos
as previsões para ano seguinte, sonhar com um ano cheio de acontecimentos
felizes, de sonhos a cumprir. Descubro então que o ano passa a correr, vivo o
ano a projectar-me para o período a seguir, estou sempre projectado na quadra
seguinte, acabo por me perder na programação das datas, penso de acordo com a
quadra, ou momento que se está a passar, no Natal não raciocino como se estivesse
no período das férias, ou vice-versa, é estranho mas é a realidade, o meu
pensamento está condicionado á época que estou a viver. Deparo que não sou solidário
quando me era pedido, projecto a solidariedade para o Natal, aí é que deve ser
o momento próprio, divertir-me durante o ano, não o devo fazer, está programado
para acontecer só no período das férias, por aí fora, em diante. É pouco viver
assim, constato que vivo condicionado, parece-me que vivida assim, a vida se
mostra muito limitada. Entendo que me sinto realizado, mais feliz, quando me
liberto destes condicionamentos, a vida sorri-me quando corto com estas
amarras. Volto ao Natal, período em que sinto todo o mundo feliz e solidário,
não interessa se só por esse período, é o tempo de cada um, realizo que vivo
mais feliz, quando deixo o Natal, acontecer todos os dias, sinto-me mais
humano, quando não condiciono o que sinto ou penso, só á quadra que estou a
viver, descubro que o ano que vivo, pode ter datas, pode ter quadras, pode ter
festejos, pode ter-me inteiro, ou apenas dividido, condicionado ao que se vive
no exterior, ou apenas contente por saber que Natal, pode ser todo o ano!
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
Expor!
-Olha, a vida foi-me mostrando, foi-me ensinando,
a despedir-me das pessoas que antes amei, mas sem realmente as esquecer, sem as
apagar do meu coração. -Sabes?
É como se todas fizessem parte, mas também, nenhuma fazendo parte. -O
que te resta, o que te ficou dessas experiencias? -Uma
pessoa melhor, pelo amor dado, pelo amor recebido. -Como ficaste, qual
o resultado dessas vivencias? -Uma
pessoa mais cheia, uma pessoa mais clara, pelo amor partilhado!
- Como lidas com as tuas memórias? Com as tuas experiencias anteriores? -Sou o que sou hoje, pelas
experiencias acumuladas, pelas lições aprendidas, não seria o que sou hoje, sem
as lições anteriores, hoje sinto-me melhor pessoa, posso dizer que hoje sou
feliz comigo. – Sou feliz porque a
vida me ensinou a gostar de me expor, tão mais fácil viver no meu casulo, reparei
que tão infeliz era no meu casulo, descobri que não basta estar vivo, depende
de como estou vivo, descobri que dentro do meu casulo, era apenas eu, perdido, fazendo
mal a mim próprio.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
O significado!
Nem todos os caminhos são o mesmo, uns levam-nos a
um fim, outros conduzem ao nada, entendo que não é o caminho o importante, é o
seu significado, se tiver significado então é um bom caminho, no inverso, se
não tiver, é como que esse caminho existiu, mas sem utilidade, aceitar com
alegria que o caminho encontrado, está cheio de contradições, mesmo no caminho
com significado, ele há momentos de alegria, mas também de desespero, aí nasce
a confiança, de que vale a pena prosseguir, descubro que no caminho com
significado, as coisas mais simples que encontro,
são as
mais importantes, como se para as descobrir, tivesse que vestir a pele de
sábio, que ainda não sou! sábado, 13 de dezembro de 2014
Até á ultima palavra!
Escrever até á última palavra, que não falte nem
uma vírgula, até á última palavra a escrita está suspensa, quem escreve está
inválido, a escrita nunca está concluída, existe sempre algo para acrescentar,
mesmo quando concluída a escrita ainda pode ser retocada, só me sinto inteiro, quando
a escrita ainda por concluir, dá lugar ao leitor, a vida de alguém que gosta de
escrever, é tal qual um mendigo que espera pelo carimbo do leitor, só inteiro
quando a escrita aprovada, sinto-me sem alma sem lar, enquanto não me
transformo em leitor!
A escrever tenho tempo, tenho amplitude, vejo a planície,
ampla, á distancia, não estou limitado pelo imediato, pela imagem e sombra do
sobreiro, enorme á minha frente, volto a ser leitor, a gostar daquilo de quem
escreve, percebo o que me quer dizer, talvez nem ele saiba o quanto, volto a
escrever até á ultima palavra, já sei a virgula que no texto vou colocar, volto a gostar daquilo que leio, volta a gostar de quem escreve!
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