Quando a procuro
controlar esvai-se-me entre os dedos. Se procuro agarrar, escapa-se-me. Nem
mesmo quando a tento roubar, mesmo com toda a rapidez, a consigo prender. Ás vezes
penso que a beleza só atrapalha, como se me intoxicasse até ao desmaio, como se
entrasse em pânico por sentir que a posso perder. Todos os cuidados são poucos,
é um trabalho enorme, cheio de mistérios. O maior mistério é quando quero
pensar enorme. Quando penso que já cheguei ao cume do mastro maior. Aí encontro
a beleza, gozo-a, usufruo dela. Tento-a agarrar de novo, escapasse-me
novamente. Tudo se goza, nada se controla, o mistério de correres a favor da
corrente, ao invés de remares contra a mesma!!!
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