Talvez tenha preguiça de pensar todas
aquelas ideias que sempre me aparecem quando não me quero questionar. Esta
corrente que me embala todos os dias, que não me pede autorização, que me
coloca perante o já decidido, que me obriga a pensar sobre o que é importante,
é a mesma corrente que me permite o descanso quando por exaustão, decido
desistir de ganhar a minha razão! Comparo-me a tudo e a todos, comparo até a
razão com a razão dos outros, sou por natureza avesso á mudança, luto contra a
corrente que me grita suavemente, agora já não tens mais caminho por aí, é
tempo de mudares, é tempo de virares a atenção para outra via. A mudança é tão
mais dura quanto lhe resisto! De facto a passagem é curta, hoje já não o menino
inocente, parece que foi ontem, tanta mudança acontecida, tantas ainda para
acontecer, a energia e a rebeldia sempre presentes, não o consigo alterar, como
se sem essa rebeldia fosse apenas mais folha levada pelo vento. O que tudo
muda, é isso mesmo, a mudança, deixarmos a mudança fazer o que mais certo e
importante nos convém. O resultado, hoje mais menino do que alguma vez o
imaginei, o contraste de que por baixo da carapaça vive um menino, que já não
acredita no Pai Natal, mas que acredita que a razão, é apenas um entrave para
apreciarmos a mudança!
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