Sou sempre
apanhado na curva, é um facto, tornou-se mesmo num padrão, quando menos espero,
quando estou a mil, zás, lá está a vida a pregar-me uma rasteira, fico fulo,
mesmo, não gosto de ser apanhado na curva, já tinha tantos planos em vista, já
tinha cavalgado em tantos sonhos, idealizado tantas coisas boas, e como de
propósito, lá vem mais uma chamada de atenção. Nos meus mais loucos
pensamentos, naqueles em que entendo que a resolução do mundo passa pela troca
constante dos alívios, das mudanças preventivas, vejo-me a procurar aquele
momento no recato do meu silêncio, acho até que quando começam a acontecer, as
mudanças, são um estorvo para a minha tranquilidade. As mudanças que realmente
importam, aquelas que têm verdadeiramente significado, são aquelas que se operam
no nosso interior! Muitas mudanças acontecem na minha vida, é mesmo uma
constante do meu percurso, são boas quando já acontecidas, custam muito quando
começam a acontecer, mas só têm real significado quando as vejo a acontecer na
minha essência, como se o verdadeiro propósito de acontecerem no exterior é
terem eco na substancia.
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