quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O vento pela retaguarda!


Ao passar naquela praia lendo o letreiro que diz, “para quem navega sem rumo, não há ventos favoráveis,” sou forçado a chegar a inúmeras conclusões, como se essa verdade tão característica dos homens do mar, se adaptasse duma forma eloquente ao meu percurso. Sem vento pelas costas não é possível navegar, embora navegando sem rumo, mesmo com vento pela retaguarda, o resultado não é melhor, o barco ruma mas sem destino, como se o tempo navegado fosse tempo perdido! Há uma forma de me decidir a compreender os caminhos que se apresentam, como se de uma equação se tratasse. Nas encruzilhadas que me são apresentadas, tenho o poder de escolha, mas também o poder de negar o óbvio. Só é possível quando a clareza da escolha não me oferece dúvidas, se tenho o vento pela retaguarda, o rumo traçado, a bússola indicando-me a direcção correcta, ninguém duvida que a minha navegação terá resultados favoráveis. Será assim? Talvez. Terei a certeza no final do percurso? Talvez não. Ao invés, talvez antes prefira, parar em cada porto, gozar o que me é oferecido, ajustar novamente a bússola, partir para nova viagem, curta, mas preenchida!  

Sem comentários:

Enviar um comentário