Diz o ditado que mais vale um pássaro na mão que
dois a fugir, assim a modos como, melhor remediado com um do que sem nada,
talvez seja verdade, a experiencia do vazio completo, é sempre a mais difícil com que se conviver, preferimos sempre o mínimo a não ter nada, a vida vai-nos
mostrando que o vazio, a indefinição, são sempre difíceis de lidar, talvez sim,
talvez não, mas o ter muito, o ter tudo, também nos satisfaz? Também acho que
não, portanto não queremos não ter nada, não queremos só o indispensável e não
nos preenchemos tendo tudo, bom, assim o assunto torna-se complicado, será que
estou a ver tudo desfocado? será que estou a ver tudo muito nítido? Tão nítido que
mais me apetece virar de assunto e fingir que nada percebo? Isto de procurar as
perguntas e fugir das respostas nem sempre é fácil de assumir, se isto não é
extraordinário, desisto, impressionante também é o facto de, tudo o que aqui
disse sobre mim, pode ser dito sobre qualquer um, como se os meus olhos fossem
o de qualquer um, talvez a finalidade sobre tudo o que descrevi, seja
reconciliarmo-nos com a vida, aceitando as alegrias que nos traz, aceitando a sua eventual perda, provando a nós
próprios, que a nossa vida, e o que conseguimos fazer com ela,
é bem melhor, que a projecção que dela antes fiz!
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