Dizia-me o meu vizinho que o amor (na versão dele)
já não é o que era, que já não há mais respeito, que agora, ninguém quer compromissos,
que nos tempos de hoje, se vive a vida sem horizontes, que agora, as pessoas
pensam só no curto prazo, limitam-se a olhar para o seu próprio umbigo e
decidem de acordo com essa opção, é uma visão, respeitável como outra opinião
qualquer, de facto, somos as nossas circunstancias, e por tendência concluímos
tudo baseado nelas, fossemos nós de outra região, de outro continente, com
outra cultura, pensaríamos de certeza de forma diferente da actual, tudo de
facto é relativo, o que ontem jurámos como sendo uma verdade absoluta, hoje já
duvidamos um pouco, somos assim, corremos e saltamos de conclusão em conclusão,
conforme o ventos sopram, e no inverso, nem vale a pena sermos demasiado
teimosos com as anteriores convicções, a vida vai-nos mostrando, que deveremos ser
como a água que corre no leito do rio, fluída, sem resistência, quando caímos
nessa asneira da teimosia das anteriores convicções, na maior parte das vezes, sofremos as consequências
do isolamento, ser de todos, mas não de todos, talvez seja o caminho, como se
diz no provérbio, “não há que ser forte, há que ser flexível”, como se quando
se pretende ser dono da verdade absoluta, invariavelmente acabamos no fundo do
poço, isolados, no limite não vale mesmo a pena levar-nos muito a sério, é que não
somos mesmo nada de especial, somos
muito, mas também somos pouco, depende sempre do angulo por onde olhamos, mas
uma certeza tenho, sou sempre muito quando faço bem a mim próprio!
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