sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O vizinho!

Dizia-me o meu vizinho que o amor (na versão dele) já não é o que era, que já não há mais respeito, que agora, ninguém quer compromissos, que nos tempos de hoje, se vive a vida sem horizontes, que agora, as pessoas pensam só no curto prazo, limitam-se a olhar para o seu próprio umbigo e decidem de acordo com essa opção, é uma visão, respeitável como outra opinião qualquer, de facto, somos as nossas circunstancias, e por tendência concluímos tudo baseado nelas, fossemos nós de outra região, de outro continente, com outra cultura, pensaríamos de certeza de forma diferente da actual, tudo de facto é relativo, o que ontem jurámos como sendo uma verdade absoluta, hoje já duvidamos um pouco, somos assim, corremos e saltamos de conclusão em conclusão, conforme o ventos sopram, e no inverso, nem vale a pena sermos demasiado teimosos com as anteriores convicções, a vida vai-nos mostrando, que deveremos ser como a água que corre no leito do rio, fluída, sem resistência, quando caímos nessa asneira da teimosia das anteriores convicções, na maior parte das vezes, sofremos as consequências do isolamento, ser de todos, mas não de todos, talvez seja o caminho, como se diz no provérbio, “não há que ser forte, há que ser flexível”, como se quando se pretende ser dono da verdade absoluta, invariavelmente acabamos no fundo do poço, isolados, no limite não vale mesmo a pena levar-nos muito a sério, é que não somos mesmo nada  de especial, somos muito, mas também somos pouco, depende sempre do angulo por onde olhamos, mas uma certeza tenho, sou sempre muito quando faço bem a mim próprio!

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