Aquela eterna tendência de pensar
que não existo, sem que os outros me reconheçam. Eu sei que algures, em algum
lugar, me esqueci de mim, troquei-me pela opinião de muitos, esses, também
perdidos nessa cruel tendência. Descobri como condicionado sou, pela opinião
dos outros. Ser reconhecido, mostrar ao mundo que existo, múltiplas formas de
mostrar a mim que existo, que sirvo para algo, como se essa batalha não tivesse
fim.Vem sempre o dia, o momento, em que concluímos que o jogo é outro, não és o
que tens, não és o que conseguiste, não és o que tentas de todas as formas
indiciar aos outros que és, pura e simplesmente és, um ser, simples e finito,
humano, com defeitos, virtudes, que apenas deseja sentir paz, tranquilidade,
alegria, amor na sua vida. Como se tornasse urgente elevar o nosso ser á
posição de espanto, como se a partir daí a vida se abrisse, o mundo se tornasse
diferente, e tornou-se diferente porque a cor dos meus olhos mudou,a partir daí,
o mistério não é mais o de tudo, passa apenas a ser
a distancia entre o que antes
perdi, e o que finalmente descobri!
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