Há sempre
uma frase por escrever, existirá sempre um frase que junte varias coisas
separadas, os meus olhos acabam por esconder, tudo o que o que descobrem por
trás dela! Quando corro a olhar para trás, há procura daquela frase por
escrever, é como se tentasse escapar ao que mais temo, como se continuasse a
arriscar tropeçar em cada passo. Nas várias coisas separadas que não consigo
juntar numa frase, existe também o medo de não a terminar. Não se alargam
nossos horizontes, se continuarmos presos às poltronas de onde nos vamos
habituando a sentar. Acordo todos os dias com as lembranças dos meus sonhos,
nesses normalmente consigo vencer os medos, nesses sonhos que projecto para os
meus dias, consigo sempre tornar-me no meu herói. Ontem adormeci a tentar
continuar o sonho anterior, o sonho tornou-se noutro, consegui acabar a frase
que pensava antes nunca conseguir. De todos os sonhos, das frases nunca
acabadas, ficaram três coisas, a certeza que as frases não se acabam mas antes
se começam, a certeza de que só continuando a frase alguma vez terminará, e a
certeza de que serei várias vezes interrompido antes de a poder terminar! Como
se tornasse numa obrigação, fazer da interrupção um caminho a percorrer, do
sonho uma ponte, da queda apenas um novo passo de dança, na certeza de que só
quem se mostra e se expõe, algum dia acabará por se encontrar!
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