terça-feira, 17 de março de 2015

Meio século!



Meio século vivido, outro virá, o tempo condiciona tudo, vivemos na ditadura que ele designou, não o podemos contrariar, eu sei que há muito escrito e designado, apenas o pretendo continuar a disfarçar. Cinquenta já vividos, outros virão, porque esse tempo já vivido e recebido. Tirar melhor partido porque sei agora, que o tempo que passou o tempo o levou, existem os momentos do tempo, existe o que penso do tempo, talvez o importante seja aprender a viver os momentos, sabendo que se esgotam neles próprios. Quero apenas dar um sentido á minha viagem, aprendi que apenas as montanhas e os rios duram para sempre, sei que tudo está previamente estabelecido, resta-me apenas aproveitar o prazo de validade definido á partida, como se no deserto que atravessei nada tivesse ficado para trás, que o que deixei de mim para trás, me ajudará na beleza que pretendo descobrir. Já descobri ser tantos e no final encontro-me sempre a mim, escapo-me sempre de mim, talvez porque na procura da beleza todos os cuidados são insuficientes, como se ao a tentar controlar me escapasse entre os dedos,nos cinquenta que se me apresentam, descubro que quero voltar a encontrar-me, como se tornasse numa urgência, ultrapassar os obstáculos estabelecidos para a meta, que nunca saberei quando chegada, a certeza de que a beleza vive da vida e de mais nada, encontra-se e alimenta-se na liberdade, a beleza não tem regras!


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