sábado, 14 de julho de 2018

A concha




Descobrir porque tantas as vezes a concha é o meu refugio, como se ela se abrisse conforme o meu passado, tentando que ela própria seja o porto seguro do presente, talvez penso eu, dentro dela me ache no direito de sarar as feridas! Em momento algum devo curar as inseguranças como um escravo procura a sua liberdade, fugindo não é a solução, tentando a fuga apenas engrosso o problema, talvez porque, só quem se mostra tem o caminho aberto para se poder encontrar! Ao homem é lícito desejar tudo aquilo que não tem, como se o sonho lhe bastasse para alegrar a sua vida, dentro da concha, acabo por ser o que pretendo ser fora dela, até porque dentro dela não existe o contraditório, esse espelho que não esconde o que tantas vezes me apresso a disfarçar. Acabamos por enxergar qualidades que sentimos não existir em nós mesmos, talvez porque dentro da concha, as feridas transformam-se, curam-se, fazem-nos crer que existem apenas para disfarçar, apresso-me a agarrar a primeira notícia, que dentro da concha estou para somar e não completar!

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