sábado, 13 de outubro de 2018

A carta que nunca escrevi!


As cartas que escrevi são tantas quanto a minha imaginação o permitiu. Talvez porque todas as cartas que guardei na minha memória, tenham tido como tentativa,escrever aquela de que não me consigo mais esquecer. Naquele ruído frio da cidade, com o burburinho típico do iniciar do dia, vou tentando lembrar-me de que escrever a tal carta, pode vir a ser última tentativa para não mais adiar, a tal que seria escrita por medo de errar. Juntando todas as cartas que não escrevi, encontro aquela carta de amor sempre adiada, achando-a como única, mas também vivida com tanta ilusão, talvez porque acredite, que não exista melhor amor que outro, talvez antes exista, amor vivido de outra forma. Ao adormecer, acordo demasiado cedo, a carta ainda por escrever, deixa-me sobressaltado, talvez o amor não caiba na tal carta, talvez a carta não seja tão eterna quanto o mal-entendido que se diz amor! Deixo o medo e os queixumes para trás, a carta esteve sempre escrita, apenas a enviei para um outro destinatário!

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