Talvez a
única forma de entender o mundo, seja não lhe dar a mínima importância, como
se, quanto mais o queira perceber, mais ele se mostra incompreensível. Habituei-me
a ver tudo pelas meias distâncias, algo que se mostra errado se quiser analisar
o mundo por essa forma. No conforto da minha pessoa, tento ver o mundo, quiçá
com óculos emprestados, como se esses óculos não fossem á minha medida, algo
que me causa arrepios, até porque somos todos feitos de uma medida única, nada
nem ninguém cabe em mim. Entendo que deve existir algures, uma forma que de
novo me obrigue a inventar o mundo ideal, como se existisse uma realidade
autónoma, que definiria para mim o modelo do mundo a existir. Tal como namorar
a perfeição possa parecer uma utopia, entendo melhor o mundo quanto mais me
debruço sobre os leitos dos rios, o nascer e o pôr-do-sol, ambos seguem o seu
curso, oferecem-nos beleza gratuita, não se questionam, todos as horas dizem
presente! O mundo não existe apenas no meu exterior, está pleno dentro de mim,
a minha escolha define o mundo em que quero viver!
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