sexta-feira, 19 de outubro de 2018

O mundo


Talvez a única forma de entender o mundo, seja não lhe dar a mínima importância, como se, quanto mais o queira perceber, mais ele se mostra incompreensível. Habituei-me a ver tudo pelas meias distâncias, algo que se mostra errado se quiser analisar o mundo por essa forma. No conforto da minha pessoa, tento ver o mundo, quiçá com óculos emprestados, como se esses óculos não fossem á minha medida, algo que me causa arrepios, até porque somos todos feitos de uma medida única, nada nem ninguém cabe em mim. Entendo que deve existir algures, uma forma que de novo me obrigue a inventar o mundo ideal, como se existisse uma realidade autónoma, que definiria para mim o modelo do mundo a existir. Tal como namorar a perfeição possa parecer uma utopia, entendo melhor o mundo quanto mais me debruço sobre os leitos dos rios, o nascer e o pôr-do-sol, ambos seguem o seu curso, oferecem-nos beleza gratuita, não se questionam, todos as horas dizem presente! O mundo não existe apenas no meu exterior, está pleno dentro de mim, a minha escolha define o mundo em que quero viver!

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