Apareces sempre vinda do nada, como se já
esperasses minha sintonia, sempre desavindos, sempre sintonizados, uma nova
página para ser vivida, página de uma história que parece nunca ter fim, a vida
é insistente, quer-nos sempre juntar, mesmo quando disfarçamos, oferece-nos
sempre novos capítulos, preferimos que cada capítulo se encerre em si mesmo, de
uma história que se assume como terminada, de uma história que insiste sempre
em nunca terminar!
Insistimos em não cortar a corda, apenas a largamos, damos
mais corda para mantermos a corda, largamo-la muita vez, não a cortamos nunca,
temos consciência que se a cortarmos o outro voa, não queremos que o outro voe,
porque sempre quisemos com ele voar! Quando o outro voa, deixa-me em terra, ele
parte, ele voa porque assim se encontra, é assim que se constrói, mas nunca me
larga, apenas se afasta, sabe que mesmo longe, por perto sempre estará, sabe
que se afasta, porque necessita, mas também sabe que quanto mais se afastar,
mais balanço ganha, para voltar com mais força, ao local onde sempre esteve,
onde nunca fugiu, onde apenas se afastou!
Sem comentários:
Enviar um comentário