quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A Corda!



Apareces sempre vinda do nada, como se já esperasses minha sintonia, sempre desavindos, sempre sintonizados, uma nova página para ser vivida, página de uma história que parece nunca ter fim, a vida é insistente, quer-nos sempre juntar, mesmo quando disfarçamos, oferece-nos sempre novos capítulos, preferimos que cada capítulo se encerre em si mesmo, de uma história que se assume como terminada, de uma história que insiste sempre em nunca terminar!
Insistimos em não cortar a corda, apenas a largamos, damos mais corda para mantermos a corda, largamo-la muita vez, não a cortamos nunca, temos consciência que se a cortarmos o outro voa, não queremos que o outro voe, porque sempre quisemos com ele voar! Quando o outro voa, deixa-me em terra, ele parte, ele voa porque assim se encontra, é assim que se constrói, mas nunca me larga, apenas se afasta, sabe que mesmo longe, por perto sempre estará, sabe que se afasta, porque necessita, mas também sabe que quanto mais se afastar, mais balanço ganha, para voltar com mais força, ao local onde sempre esteve, onde nunca fugiu, onde apenas se afastou!

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