Talvez perceba agora, porque àquela hora, após
tanta intimidade, o momento das carícias voou para fora, deixou o quarto,
decerto porque disso teve necessidade, mas acabou por voltar, o momento das carícias
voltou a entrar no quarto, acabou por pedir desculpa, de ter-se demorado tanto
lá fora, tinha-se perdido, não sabia mais o caminho de volta, acabou por se
justificar, disso teve necessidade, como algumas vezes acontece aos momentos, tornou-se
eterno, deixou as desculpas para sempre, entregou-se ao que sempre ansiava,
voltou a trocar o incerto pelo certo, aquele momento voltou a perceber, que
aquelas carícias significavam uma aceitação, aquelas carícias apenas desejavam
que o outro existisse como tal, que se aceitasse como tal, daí a alegria de se voltar a
sentir essa liberdade, a liberdade que permite aqueles momentos, aceitarem
o outro como sempre foi, como sempre será, são esses momentos que acabam por se tornar em eternos, acabei por lhe devover esses momentos, em carícias não passageiras, acabei por perceber que essas carícias eram em si eternas, nunca fugiram, sempre lá estiveram!
Sem comentários:
Enviar um comentário