quinta-feira, 27 de novembro de 2014

As Variáveis!



Que não me contente com uma fotocópia distorcida da vida, que lute pela plenitude, que ponha tudo em causa, que não aceite tudo o que me é dito como uma verdade absoluta, questionar sempre, talvez tudo seja verdade, talvez tudo seja mentira, talvez haja verdade na mentira, talvez o contrário, só o saberei se me questionar, talvez em tudo encontre uma razão, talvez a razão não exista, talvez exista apenas a minha vontade, de que tudo aconteça tal como a idealizei, mas para que me serve a razão, a razão é só isso, apenas uma constatação de um facto, nada mais, o que torna tudo mais real é o sentimento que aparece sempre após a razão, esse marca, pela positiva ou pela negativa, vivo de factos, não vivo de razões, desisti há muito de entender os deuses, ou de encontrar razões para  a desordem instaurada, seja a desordem do que acho que vem do divino, seja a desordem instaurada pelos humanos, as desordens cruzam-se, estarão sempre umbilicalmente misturadas, acabo por constatar que sei apenas do que aos homens diz respeito, acabo por constatar que nada sei, no que ao divino diz respeito, nasce uma esperança, que entre o possível e o impossível encontre uma forma de os imaginar a ambos, ao dos homens e ao do divino, presumo que talvez a verdade,
esteja escondida entre essas duas variáveis!

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